02/11/2007

Surto de sarampo e rubéola no país exigem intensificação de ações de prevenção e controle

O Centro de Epidemiologia e Divisão de Imunobiológicos da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba informa que a ocorrência de surto de sarampo em municípios do interior da Bahia com início em outubro de 2006 e a ocorrência de surtos de rubéola a partir do segundo semestre de 2006 e durante o ano de 2007 indicam a necessidade de intensificação das ações de prevenção e controle destas doenças no país e em nosso município.


Casos confirmados de rubéola no país até 03/10/2007:

Brasil - Casos

Região Norte - 0

Para - 1

Região Nordeste - 0

Maranhão - 4

Piauí - 1

Ceará - 259

Rio Grande do Norte - 4

Paraíba - 206

Pernambuco - 30

Alagoas - 4

Sergipe - 1

Bahia - 13

Região Centro-oeste - 0

Mato Grosso do Sul - 17

Mato Grosso - 4

Goiás - 75

Distrito Federal - 129

Região Sudeste - 0

Minas Gerais - 150

Espírito Santo - 43

Rio de Janeiro - 1468

São Paulo - 383

Região Sul - 0

Paraná - 32

Santa Catarina - 29

Rio Grande do Sul - 821


Outros países

Chile - 600


Fonte: COVER/CGDT/DEVEP/SVS/MS



No Paraná até meados de outubro são 32 casos confirmados; 12 em Curitiba, 8 casos em Cascavel (caso índice profissional de saúde), 2 em Céu Azul, 2 em Quedas do Iguaçu, 2 em Medianeira, 3 em Foz do Iguaçu, 2 em Londrina e 1 em Douradina.

Em Curitiba inicialmente os casos eram todos "importados", atualmente já temos casos autóctones, principalmente em médicos ou estudantes de medicina.

Entre as estratégias de controle, o Ministério da Saúde disponibilizou vacinas dupla e tríplice viral para a população de risco. Essas estão disponíveis em todas as Unidades de Saúde de Curitiba.

Ressaltamos que os profissionais de saúde são categoria de alto risco sendo imprescindível que estejam com sua situação vacinal em dia. Solicitamos sua colaboração, mantendo em dia o esquema vacinal recomendado (dupla adulto, hepatite B, dupla/tríplice viral).

A vacinação deverá ser seletiva (considerar antecedente vacinal):

● Crianças de 1 a 4 anos - Devem ter uma dose com a vacina tríplice viral (VTV);

● De 4 a 19 anos - Devem ter duas doses da VTV (nos maiores de 12 anos a segunda dose pode ser a dupla viral - DV). Para aqueles que tiverem duas doses comprovadas, não será necessário aplicar outra dose.

● 20 a 49 anos - Recomenda-se aplicar 1 dose da vacina DV (ou VTV). Caso o adulto já tenha uma dose de vacina, não necessita ser revacinado.

A rubéola é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral e geralmente benigna. Caracteriza-se pelo um exantema discreto, róseo, máculo-papular, puntiforme e difuso. O exantema se inicia na face, couro cabeludo e pescoço com progressão pra o resto do corpo (cefalo-caudal), com máxima intensidade no 2º dia, desaparecendo até o 6º dia (média 5 a 10 dias). Associado observa-se febre baixa, gânglios retroauriculares, cervicais e occipitais. Eles aparecem cinco a dez dias antes do exantema e é um dos últimos sinais a desaparecer. Em crianças geralmente não aparece pródromos, adultos a adolescente podem apresentar cefaléias, mialgias, artralgias, conjuntivite, coriza e tosse.

A transmissão acontece pelo contato com secreções nasofaríngeas de pessoas infectadas, de cinco a sete dias antes do aparecimento do exantema, até cinco a sete dias após seu aparecimento. O período de incubação veria de 14 a 21 dias.

O diagnóstico definitivo rotineiramente é realizado pela pesquisa dos anticorpos específicos IgG e IgM. Ambos presentes após o início da doença. O IgM dura de 4 a 6 semanas e o IgG usualmente, persiste por toda vida. Vale ressaltar que caso as sorologias sejas colhidas ante do quinto dia do exantema podem ser negativas, mesmo na vigência da doença, devendo ser repetidas, para se descartar o diagnóstico.

É uma doença grave para mulheres grávidas porque pode levar à Rubéola Congênita comprometendo o desenvolvimento do bebê e podendo provocar aborto, baixo peso, microcefalia, retardo mental, catarata e surdez.

Em caso de pessoas que viajaram para locais onde estão acontecendo surtos ou tiveram contato com pessoas doentes e apresentam sintomas de rubéola ou sarampo, deve-se procurar imediatamente uma unidade de saúde ou seu médico.

Todos os casos suspeitos de rubéola ou sarampo devem ser notificados, em 24 horas, via telefone, à Secretaria de Saúde, que encaminha exames para a confirmação laboratorial e desencadeia ações imediatas de bloqueio vacinal, impedindo assim a disseminação da doença.
Em Curitiba, os médicos poderão se dirigir ao respectivo Distrito Sanitário, responsável pela sua área de atendimento:

DISTRITO SANITÁRIO: FONE


BAIRRO NOVO 3289-5260

BOA VISTA 3355-2696

BOQUEIRÃO 3217-1208

CAJURU 3361-2305

CIC 3212-1530

MATRIZ 3321-2739

PINHEIRINHO 3212-1445

PORTÃO 3314-5148

SANTA FELICIDADE 3374-5003



Fonte: SMS/Curitiba

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