20/09/2010

Termina greve dos médicos residentes

Categoria conseguiu reajuste de 22% na bolsa auxílio. Paralisação teve poucos efeitos no Paraná



Os médicos residentes declararam oficialmente ontem o fim da greve nacional que havia começado há cerca de um mês, no dia 17 de agosto. A categoria con­­seguiu um ajuste de 22% na bolsa auxílio (que era de R$ 1.916,45). O pedido inicial era de um acréscimo de 38,7%. Além do reajuste, os médicos garantiram com os ministérios Saúde e da Educação uma futura negociação das demais reivindicações em um Grupo Intermi­nisterial. Eles querem negociar ainda o índice anual de reajuste, seis meses de licença-maternidade e complementação da defasagem do valor atual da bolsa.


A Associação Nacional dos Médicos Residentes (ANMR), segundo nota oficial no site da associação, enviou documento à coordenadora-geral de Resi­dência em Saúde da Diretoria dos Hospitais Universitários Federais e Residências em Saúde do MEC, Jenne Liliane Marlene Michel, comunicando o fim das paralisações.



Efeitos


A adesão à greve no Paraná foi pequena: em Curitiba, apenas o Hospital Evangélico ficou prejudicado: durante sete dias teve 300 consultas canceladas diariamente. Em Cascavel e Londrina aconteceram paralisações pontuais: 34 residentes do Hospital Universitário (HU) de Maringá aderiram às manifestações, o que levou a adiar 20% das cirurgias eletivas e 40% das consultas em cinco dias. Em Londrina, a paralisação dos residentes no HU não foi prejudicial porque os médicos docentes assumiram o trabalho.


No Rio de Janeiro, a paralisação ocorreu no atendimento ambulatorial, nas cirurgias eletivas e nas consultas médicas nos hospitais. Os plantões em emergência ficaram mantidos. Houve adesão de quase 100% no Rio Grande do Sul e São Paulo, mas sem grandes conseqüências porque foi mantido um efetivo de 30% nos atendimentos. Aproximadamente 19 mil (dos 22 mil médicos residentes) participaram das manifestações.



SUS


A ANMR lembrou ainda que, no país, os residentes participam de 70% dos atendimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A ANMR quer a convocação de reunião extraordinária da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) para discussão dos critérios de reposição dos dias paralisados e ainda a supervisão da CNRM e das comissões estaduais sobre medidas a serem adotadas perante denúncias sobre carga horária além de 60 horas semanais previstas nos programas de residência.


Fonte: Gazeta do Povo

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