30/06/2010

Unida, classe médica do PR define nova carta de reivindicações

Em assembléia com mais de 70 médicos representantes das sociedades científicas de especialidades, a CEHM define estratégias da retomada do movimento dos médicos no Estado.




Depois de mais de três horas de debate, os médicos paranaenses aprovaram a href="https://www.crmpr.org.br/imprensa/arquivos/carta_curitiba.pdf" target="_blank">Carta de Curitiba. Esta foi resultado da assembléia realizada ontem (29), das 20h às 23h, no auditório da Associação Médica do Paraná, por convocação da Comissão Estadual de Honorários Médicos (CEHM). Da comissão fazem parte a Associação Médica do Paraná (AMP), o Conselho Regional de Medicina (CRMPR) e o Sindicato dos Médicos do Paraná (Simepar). Uma nova reunião da CEHM já está marcada para a próxima segunda-feira (5), às 11h30, na AMP.


A assembléia foi aberta pelo presidente da CEHM e da AMP, Dr. José Fernando Macedo. Ele, que é militante do movimento em prol da valorização e defesa profissional há anos, começou passando o diagnóstico da situação atual da classe médica. "São muitas as situações da realidade atual da classe médica que temos que considerar para reivindicarmos, com responsabilidade, consciência e força, melhores condições de trabalho e remuneração", comenta.


Entre essas, Macedo cita o fato de que a formação médica passa por um período de criação indiscriminada de escolas médicas, boa parte delas sem estrutura de qualidade que garanta o fornecimento de bons profissionais para o mercado; que a maioria dos médicos recém formados (mais de 62%) não conseguirá fazer Residência Médica e ficará submetida às condições do mercado, incluindo contratos como trabalhadores de ambulatórios de planos de saúde, plantões e até "cartões de desconto"; que de 2000 para cá os valores de reajuste dos Planos de Saúde autorizados pela ANS para as operadoras foi de 104%, que foram cobrados do usuário, mas não repercutiu, na mesma proporção, em aumento no valor da consulta médica (pouco ou nenhum reajuste foi repassado ao médico); e que as operadoras de Planos de Saúde praticamente congelaram o valor dos procedimentos médicos, em especial o valor da consulta médica. "É chegado o momento de uma ação contundente, de âmbito nacional", afirma.


Debate


Depois desse apanhado geral sobre a realidade da classe no Paraná, os médicos debateram as alternativas até que pudessem chegar a um consenso. A participação dos presentes, de diversas especialidades, foi intensa. As alternativas debatidas foram desde a retomada do exercício liberal da profissão até a recomposição do equilíbrio econômico financeiro dos contratos dos médicos com os planos, mantendo a medicina de grupo (suplementar).



Propostas


As reivindicações definidas na assembléia desta terça-feira foram as seguintes, a serem colocadas em prática imediatamente:





a. Retomar as rodadas de negociações com os segmentos responsáveis pelas operadoras de saúde;


b. Ação judicial visando o restabelecimento do equilíbrio econômico-financeiro dos contratos com as operadoras de saúde, caso as negociações forem infrutíferas;


c. Manter as assembléias das sociedades de especialidades com a Comissão Estadual de Honorários Médicos, visando montar uma agenda específica de negociação de cada especialidade;


d. Plano de cargos e salários para os médicos que atendem o SUS;


e. Piso salarial da categoria;


f. Manutenção do fórum médico de discussão via eletrônica;


g. Reagendar nova assembléia assim que se obtiver resposta das operadoras;



Fonte: AMP

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