07/08/2025
Conselheiros representam o CRM-PR no XV Fórum Nacional de Ensino Médico do CFM
Evento realizado em Brasília debateu o cenário de formação de médicos, abordando desafios e oportunidades, com ênfase na
formação médica e também na residência. No próximo dia 19, o CRM-PR promoverá evento de apresentação do Sistema de Acreditação
de Escolas Médicas (SAEME)
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Da esq. para direita: 1º secretário do CRM-PR,
Fernando Fabiano Castellano Junior, conselheiro federal pelo PR, Alcino Cerci Neto e secretário-geral CRM-PR,
Anderson Grimminger Ramos. (Foto: CFM)
O Conselho Federal de Medicina (CFM) realizou nos dias 31
de julho e 1º de agosto o XV Fórum Nacional de Ensino Médico do CFM, um dos principais fóruns nacionais voltados
à discussão dos rumos da formação médica e da residência médica no Brasil.
O evento reuniu especialistas, gestores e representantes de entidades da área médica para discutir os caminhos
necessários à garantia de uma formação de excelência, centrada nas melhores práticas
médicas e na segurança do paciente.O
Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) foi representado pelo secretário-geral Anderson Grimminger
Ramos e pelo 1º secretário, Fernando Fabiano Castellano Junior. O conselheiro federal pelo Estado do Paraná,
Alcindo Cerci Neto, coordenador da Comissão de Ensino Médico do CFM, foi o organizador do evento.Durante os dois dias, a programação se voltou ao
debate da qualidade do processo de aprendizagem das universidades de Medicina e também após a graduação,
nos programas de residência médica. “Observamos, assim como o CFM, a necessidade de maior qualidade nas
nossas universidades. Assim como nos Estados Unidos, em que se nota a deficiência de pediatras e outras especialidades
médicas, e considerando a participação dos futuros médicos na atenção primária
de saúde, foi constatada a necessidade de preceptores mais bem preparados para um ensino de melhor qualidade e maior
motivação por parte dos alunos", afirma o 1º secretário Fernando Castellano.
Nesse sentido,
foi ressaltada a necessidade de uma maior integração entre universidades e entes públicos. "Também
foi apresentada pelo CFM a necessidade da prova de proficiência, atualmente em estudo pela autarquia, a qual se espera
que seja implantada em breve", destaca o conselheiro.
Para
tratar da questão da qualidade do ensino médico, o CRM-PR realizará uma reunião no dia 19
de agosto, em que apresentará o Sistema de Acreditação de Escolas Médicas do CFM (SAEME-CFM) às
universidades médicas do Paraná. Para a ocasião, está prevista a participação dos
conselheiros federais Alcindo Cerci Neto (Paraná) e Diogo Leite Sampaio (Mato Grosso), que apresentarão as novas
resoluções vinculadas ao ensino médico, à proficiência médica e a outros tópicos
vinculados à adequada formação do profissional médico.
Residência
Médica
O Fórum do CFM abordou ainda as situações vinculadas aos programas de Residência
Médica. "Nesse tópico, foi demonstrada uma
preocupação com a abertura indiscriminada de escolas médicas, com déficit na qualidade do ensino.
Também foi abordada a questão da restrição de vagas para programas de residência residência
médica, que não tiveram um aumento adequado no quantitativo necessário, assim como a necessidade de reajuste
da bolsa concedida aos médicos residentes e de uma preceptoria adequadamente remunerada", ressalta o 1º secretário, Fernando Fabiano Castellano Junior. No dia 1º de agosto, o CFM publicou a Resolução nº 2.434/2025, que define a responsabilidade técnica
de coordenadores de cursos de Medicina para campos de estágio (saiba
mais).Segundo o secretário-geral
Anderson Grimminger Ramos, tanto o Conselho Federal de Medicina (CFM) como o Conselho Regional de Medicina do Paraná
(CRM-PR) demonstram uma séria preocupação com a formação médica. “Médicos
mal formados, sem a adequada capacitação, enfraquecem a atenção primária; a desvalorização
da residência médica reduz o incentivo à formação de qualidade e ameaça a sua legitimidade
enquanto política pública”, ressalta.“É nosso dever, enquanto entidades médicas, elaborar estratégias para enfrentar esses
desafios e fortalecer a residência e assegurar médicos preparados para atender às demandas da sociedade”,
finaliza o conselheiro secretário-geral.